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terça-feira, 31 de março de 2009

Provedores

O responsável máximo da Instituição

Uma das condições "sine quoi non" para a criação de qualquer Confraria da Santa Casa Misericórdia era a existência de uma Mesa, encabeçada pela figura do provedor, responsável máximo pelos destinos da Instituição. Deveria ser um homem fidalgo, de autoridade, prudência, virtude, reputação e idade, de maneira que os outros irmãos o possam reconhecer por cabeça e o obedeçam com mais facilidade e ainda que, por todas as sobreditas partes o mereça, não poderia ser eleito com menos de quarenta anos. Seria uma pessoa desocupada para que se possa empregar nas ocupações de seu cargo com a frequência e cuidado necessário e, para que tenha notícia conveniente, não seria eleito em Provedor nenhum Irmão no primeiro ano em que for recebido na Irmandade.
Antes de ser criado o órgão Dirigente "Assembleia Geral", era o Provedor que, em reunião mais alargada da Irmandade, tomava as decisões mais importantes, com o consenso obtido naquelas reuniões, conforme acontece hoje com o Presidente da Assembleia Geral.
O que nos propomos escrever, nestas breves linhas, será tão somente enumerar, a título de homenagem e gratidão, os nomes daqueles que, ao longo da história desta multissecular Instituição, devotaram muito do seu tempo, tenacidade e carinho, no sentido de enriquecerem, para além do seu indispensável património, através das virtudes que a distinguissem na senda do Bem Fazer, materializadas nas práticas das Obras de Misericórdia que estas Instituições se propunham executar e que ainda hoje são a razão da sua existência!
Por que nos livros antigos que chegaram até nós, nem sempre os textos se apresentavam legíveis, de fácil interpretação e devidamente assinados, não foi possível realizar este trabalho tão exactamente como desejávamos. Em especial, durante os anos do final do Séc.XVI até ao ano de 1641/42, não pesquisámos os nomes dos provedores desse lapso de tempo.
Incluímos os nomes por décadas. Quando, num destes lapsos de tempo, o número dos nomes dos Provedores não for igual a dez, é porque algum daqueles serviu a Instituição mais do que um ano. Noutros tempos, o mandato dos Provedores era de apenas um ano. Só a partir de 1920 o mandato das Mesas foi estabelecido por triénios.

( O * significa que os provedores exerceram mais do que um mandato, naquela década;por que o início e o fim de cada mandato não se verifica no início do ano civil, aparecem por vezes, 11 nomes em cada década, podendo ainda aparecer mais, em virtude de alguns provedores terem renunciado a cumprir o tempo legal do seu mandato, originando a sua substituição)

De 1577 a 1587
Sebastião Dias
Rodrigo Afonso Domingos
Frei António de Moura*
Francisco Pedro Fernandes*
Domingos Pires Dordio
Luís de Moura*
Baltazar Vaz
Gaspar Dias Cansado

De 1588 a 1598
Simão Vaz
Baltazar Rodrigues
António Afonso
Domingos Pires Dordio
Manuel Dias Dourado*
António Afonso

De 1599 a 1609
Manuel Dias Dourado*

De 1610 a 1620
Desconhecem-se os nomes nesta década

De 1621 a 1631
Luís de Moura*
Tomé Vaz

De 1632 a 1642
Tomé Vaz

De 1643 a 1653
Pedro Fortio
João Dias Francisco
Jacinto Nunes
Luís Aleixo
Afonso Vaz Freire
Frei Bento Raposo
Frei Cristóvão de Siqueira
João Rodrigues
António Camelo
Luís Pires Godinho
Diogo Fortio

De 1654 a 1664
Diogo Fortio*
João Rodrigues
João Dias Francisco Rebelo
Pedro Serrão*
Manuel Dias Dourado
Frei António Jorge
Cristóvão Dias*
Luís Pires Godinho

De 1665 a 1675
António Soeiro*
Diogo Fortio
Pde Manuel Matos e Almeida
António Rodrigues
Manuel Nunes
Miguel Nunes
António Bernardes
Manuel Fortio

De 1676 a 1686
António Nunes
Sebastião Dias Dourado
João Nunes
Bernardo Dias Francisco
Manuel Fortio
Diogo Fortio*
Frei Manuel Luís P.da Silveira
Luís de Moura

De 1687 a 1697
Francisco Rebelo
Francisco Fernandes Casqueiro
Domingos Alves*
Simão Bernardes
Luís Pires Godinho
João de Oliveira

De 1698 a 1708
Francisco Vaz
António Galvão
Luís Pires Godinho
Frei Manuel de Brito
Pedro Velho da Silva
Baltazar Rodrigues Antas
João Rebelo Madeira
Simão Bernardes
António Rodrigues
Domingos Nunes
Manuel Luís

De 1709 a 1719
Manuel Aleixo
Diogo Nunes da Silveira
António Alves Pratas
Frei Joseph da Silva
André Fernandes da Silveira
Simão Bernardes
Baltazar Rodrigues Antas
António Bernardes
João de Oliveira
Joseph Soeiro Magro
João Dias Dourado

De 1720 a 1730
António Rodrigues
Gregório Soeiro
António Bernardes*
Manuel Nunes*
Frei Lourenço Vaz da Costa
Luís Pires Godinho
Frei Alexandre Nunes Barata
João Nunes Lucas
Joseph Soeiro Magro
Manuel Pires Gião

De 1731 a 1741
António Bernardes*
Manuel Vaz da Costa
Luís Pires Godinho
Manuel Soares Freire
Manuel Nunes
Cipriano Galvão
Joseph Leal
Joseph Cario Marques

De 1742 a 1752
Theotónio de Oliveira Ignácio*
Paulo José Bernardes
Padre António Soeiro de Oliveira
Joseph Pereira
Frei Manuel Pires Gião
Miguel de Oliveira Guimarães*

De 1753 a 1763
Padre António Soeiro de Oliveira
Paulo José Bernardes
Theotónio de Oliveira Ignácio
António Soeiro Magro
António Martins Madeira*
João Nunes Lucas
José Cario Marques

De 1764 a 1774
Baltazar Inácio Velho*
José Cario Marques*
Paulo José Bernardes*
Padre António da Graça e Sousa
Manuel Cardoso de Oliveira
Manuel Alves Matono

De 1775 a 1785
José Cario Marques
João Evangelista Barata
Padre António da Graça e Sousa
António José Bernardes
Manuel Cardoso de Oliveira*
Paulo Bernardes*
Frei João Pedro Bernardes
José Soeiro Magro

De 1786 a 1796
José Soeiro Magro*
Baltazar Inácio Velho*
João Teles Franco*

De 1797 a 1807
João Teles Franco*
Miguel Carlos da Silveira Bernardes*
José Soeiro Magro

De 1808 a 1818
José Soeiro Magro
Miguel Carlos da Silveira Bernardes*
Prates*
José Manuel da Silveira*

De 1819 a 1829
Miguel Carlos da Silveira Bernardes*
José Manuel da Silveira*
José Ferro
João Maria de Castro*

De 1830 a 1840
João Maria de Castro
António Vieira Amaral Jordão*
Estanislau Prates da Rosa

De 1841 a 1851
João Maria de Castro*
Miguel Castro Martins*
José Ramos Júnior
Joaquim Manuel Courinha*
Francisco Castro Martins
Francisco Courinha
José Leitão

De 1852 a 1862
José Ramos Sénior*
João Maria de Castro*
João Maria Júnior*

De 1863 a 1873
João Maria de Castro*
Cândido Leitão*

De 1874 a 1884
José dos Santos Ala
Miguel Castro Martins*
Cândido Leitão*
Ildefonso Jesus Teles
João Maria de Castro*

De 1885 a 1895
João Maria de Castro*
António Jordão Ferreira*

De 1896 a 1906
António Jordão Ferreira*

De 1907 a 1917
António Jordão Ferreira
Vicente Pires Rovisco Prates*
José Máximo Prates*
Manuel Godinho Prates

De 1918 a 1928
Manuel Godinho Prates
Vicente Pires Rovisco Prates*
Manuel Augusto Courinha

De 1929 a 1939
Joaquim Lourenço Falcão da Luz*
José Júlio Lopes Martins
João Jordão

De 1940 a 1950
João Jordão*

De 1951 a 1961
João Jordão
Padre Luís Nascimento Silveira*
Hermenegildo Nogueira Jordão*
Rui Jordão Falcão da Luz
António Godinho Prates de Carvalho
Manuel Falcão de Sousa

De 1962 a 1972
Manuel Falcão de Sousa*

De 1973 a 1983
Manuel Falcão de Sousa*
Joaquim António Teles*

De 1984 a 1994
Joaquim António Teles*

De 1995 a 2005
Joaquim António Teles*

De 2005 a 2015
Joaquim António Teles
David Marques Godinho
Maria José Freitas Nogueira França Ferreira

A Actualidade

A construção do Jardim de Infância

Libertos, então, os responsáveis desta Instituição, dos problemas do Hospital, puderam dirigir a sua atenção para outras formas de assistência, comparticipadas pelos governos democráticos. Iniciámos a nossa actuação e esforços no sentido de se conseguir uma Creche, onde as famílias pudessem entregar os filhos, dando àquelas a hipótese de poderem trabalhar fora dos seus domicílios. Foi, no entanto, necessário lutar politicamente, e obter atempadamente um terreno para se implantar um edifício que, bem contra a nossa vontade, teve de ser em pré-fabricado ligeiro. Mais tarde complementou-se este serviço com uma construção de alvenaria com três salas e instalações sanitárias. O terreno foi-nos doado pelo nosso conterrâneo Dr. Manuel Prates Miguel. O pré- fabricado ultrapassou mais de 20 anos de existência, devido ás indespensáveis obras de reparação e conservação. Já se implantou uma nova construção em Alvenaria em 2008.



Jardim de Infância Nossa Senhora da Conceição


A criação de Valências de apoio a Idosos

Ainda a Creche- Jardim mal tinha iniciado a sua actividade, já a Mesa Administrativa se virava no sentido de conseguir outro instrumento de solidariedade, concretamente um Lar de 3ª Idade, cuja falta já era notória. Para isso muito contribuíram variadíssimas pessoas, não regateando o seu trabalho voluntário num restaurante típico, situado num dos locais mais belos da nossa Barragem. A Associação de Regantes do Vale do Sorraia, entidade responsável pela mesma Barragem, permitiu-nos a utilização de um edifício residencial que servira de residência ao Engº. responsável pela obra, que foi aproveitada por nós como Restaurante, conhecido pelo nome de Cozinha de Stº Ildefonso. Essa actividade permitiu-nos dispôr de algum capital que serviu de arranque na concretização de algumas das nossas primeiras acções. E os esforços produziram os seus frutos, pois foi possível, com a preciosa ajuda dos saudosos arquitectos, Paiva Lopes e filha, obtermos um projecto para edificarmos, por administração directa e com subsídios estatais, aos quais se juntaram valiosas ajudas de particulares, um edifício específico, onde seria instalado o nosso Lar de 3ª Idade, sob invocação de S. José, seu patrono. Esta obra permitiu o início dos serviços de assistência aos idosos, em 29 de Setembro de 1986. De frequência muito tímida, inicialmente, apesar da sua capacidade para albergar 70 utentes, hoje já não responde às solicitações, apesar de acolher já 99 utentes. Posteriormente foram criadas também as valências de Centro de Dia e Apoio Domiciliário.

A criação de diversas valências no sector da Saúde

Entretanto os alvos dos nossos serviços assistenciais multiplicaram-se em número de utentes, tornando-se imperioso ampliar as primitivas instalações do Lar. E isso foi realizado, a expensas desta Stª Casa, que realizou várias obras: recuperação de garagens e outros " buracos " para criar espaços onde se instalaram mais idosos; construiu-se uma casa para secagem de carnes; edificou-se um outro corpo na zona Norte do edificio do Lar, onde se instalaram um armazém, um arquivo, uma farmácia, uma secretaria, uma sala de reuniões e um serviço de medicina física e de reabilitação. Aproveitaram-se ainda outros espaços onde instalámos o ginásio complementar das fisioterapias e instalação de um consultório para psicologia clínica; noutro local edificámos uma cozinha de apoio à cozinha geral, já muito congestionada, face ao aumento dos utentes; foram aproveitados outros espaços, fronteiros ao Lar, para obtermos zonas de lazer e estacionamento auto; construímos também uma grande garagem para recolha das viaturas, especialmente um mini-autocarro e ambulâncias; criámos consultórios para consultas de cardiologia , exames complementares e também se disponibilizaram outros espaços para serviços médico-burocráticos; finalmente, porque não temos mais espaços inaproveitados, adquirimos um terreno anexo que, conjuntamente com uma tira que ainda não estava ocupada, tornou possível a construção de novos espaços, num rés do chão, de modo a permitir o acesso a todos os utentes, mesmo com dificuldades de locomoção, a uma mais ampla secretaria; a um maior armazém, assim como a um salão-auditório, onde será possível organizar sessões recreativo- culturais, para além das reuniões da Assembleia Geral. Inaugurou-se um novo e amplo edíficio para o Apoio Domiciliário, junto ao hospital, afim de dar resposta às inumeras solicitações a este serviço. Iniciá-mos durante o mês de Março de 2005, a construção de mais uma grande e importante obra, que concentrou os esforços desta Administração nos últimos tempos, um novo edíficio para o Jardim de Infância. Esta obra foi inaugurada no dia 06 de Setembro de 2008. A seu tempo será criado um novo espaço para ampliar o serviço de Fisioterapia, mais concretamente, uma piscina para tratamentos de hidroterapia. Concluí-se durante o ano de 2007, um espaço que permitiu um aumento da capacidade de internamento, nas zonas da antiga sala de reuniões e secretaria.

Século XX

O nascimento do novo Hospital

Uma das primeiras medidas que se levaram a cabo, na 2ª metade deste Século, foi a construção do novo hospital, visto o antigo não dar já resposta às solicitações de então. Conscientes desta realidade, a Mesa Administrativa da época, encabeçada pelo seu Provedor, o Sr. Manuel Falcão de Sousa, pessoa abastada e de Coração Generoso, resolveu abrir os cordões à bolsa e juntou significativa dádiva à comparticipação estatal, para o efeito, contando ainda com outras doações um pouco mais modestas, uma das quais foi um terreno para construir um novo hospital. E assim, em 1960, esta Misericórdia passou a exercer a acção hospitalar num novo edifício, em termos materiais e humanos muito bons para aquela época. Mas substitia a falta de recursos da Misericórdia para que tudo funcionasse sem problemas, coisa que sempre veio a acentuar-se: os funcionários auferiam vencimentos desde os 300$00 mensais até um pouco mais, " isto em 1974 ", tendo ainda de se defrontarem com espinhosas tarefas, como as de lavar roupas e loiças sem quaisquer meios mais sofisticados do que as próprias mãos !



Edificio do hospital Sagrado Coração de Jesus, inaugurado em 1960.

Após o 25 de Abril

A Mesa Administrativa, em funções nos anos pós 25 de Abril, tinha graves problemas para resolver. Era necessário e urgente rever a situação dos funcionários, mas o óbice real era o da falta de verbas. Os foros deixaram de ser pagos... outros rendimentos quase não existiam, pois os utentes dos hospital pagavam pouco e, às vezes, nem esse pouco... Foram tempos difícies.
Como se assistia, nessa época algo conturbada, à nacionalização dos hospitais, tomou-se a iniciativa de pedir, ao próprio Estado, a estatização do nosso Hospital, até por que naquela época já tínhamos uma ambulância de transporte de doentes, que nos garantia a não extinção desta Casa, por falta de actividade.
Esta ambulância fora adquirida mediante comparticipações de particulares, montargilenses e não só, e era conduzida por Irmãos que tinham alguma disponibilidade para tal, graciosamente. Foram momentos de revivência da generosidade dos primitivos Irmãos, em actividade voluntária e desinteressada.

A Estatização do Hospital

Foi nos finais do ano de 1976 que se recebeu a tão esperada notícia da Direcção de Saúde do nosso distrito de Portalegre, de que o Hospital da Stª Casa da Misericórdia de Montargil estava estatizado, passando para a gerência daquele Organismo Oficial, sob o nome de Hospital Concelhio da Freguesia de Montargil. Esta notícia foi recebida com enorme entusiasmo de todos, pois os dias difíceis estariam acabados ! E, em muitos aspectos, assim aconteceu. Uma Comissão Instaladora, presidida pelo então Provedor, Sr.Joaquim António Teles, tomou conta dos destinos do Hospital, acontecendo que tudo se modificou para melhor: além das justas retribuições aos funcionários, as instalações beneficiaram de obras de adaptação e ampliação, assim como os materiais e aquipamentos foram substancialmente enriquecidos. As populações puderam beneficiar de melhores serviços, assim como da gratuitidade dos mesmos, salvo as taxas moderadoras, o que, em comparação com as anteriores condições, representou uma muito sensível melhoria, até mesmo no número e qualidade de serviços prestados, incluindo Obstetrícia, Cirurgia, Raio X, etc.. Paralelamente ao desenvolvimento do Serviço de Saúde local, o número das nossas ambulâncias cresceu, proporcionalmente.

Até ao Século XIX

O arranque

Conforme se pode verificar em documentos antigos, que referem os factos seguintes, podemos citar de que na data de 19 de Setembro do ano de 1575, os Juizes, os Vereadores e o Povo de " Monte Argil "apresentaram uma petição a el Rei D.Sebastião, no sentido de serem autorizados a erigir uma Igreja e Confraria da Santa Misericórdia, com um hospital, correndo todas as despesas a expensas dos mesmos, isto é, sem encargos da Coroa ou de outras Entidades.

Só passado mais de um ano, em 17 de Janeiro de 1577, (a burocracia já era emperrada naquela época) El- Rei deferiu a petição, nos termos em que a mesma fora apresentada.
Logo no início do ano seguinte, em 1578, as obras arrancaram; previamente se conseguiu o terreno e se adquiriram parte dos materiais e equipamentos, dos quais consta um carro, entre outras coisas. Como responsável pelas primeiras despesas figura Bertolomeu Vaz, certamente um tesoureiro da nova Confraria, cujo corpo físico estava sendo construído sob a administração directa. Este sistema foi alterado para o de empreitada, que durou pouco tempo, voltando ao inicial. O primeiro Provedor da Confraria terá sido, segundo se pensa, o Fidalgo Rodrigo Afonso, que tinha à sua volta, para gerir os destinos desta Santa Casa, mais doze Irmãos. A construção do imóvel," Igreja,Sacristia e Casa da Mesa", sita na Rua da Misericórdia, apesar das pequenas dimensões, demorou imensos anos, mais de dez, talvez por dificuldades de verbas disponíveis para o efeito, ou então, e também, por condicionalismos do clima.


Aspecto actual da Igreja da Misericórdia. Aqui estiveram instalados o primitivo hospital (anexo esquerdo), assim como a Casa da Mesa (anexo direito).


O património da nóvel Confraria, deve ter-se iniciado com o recebimento do legado de um Irmão, que doou a sua fazenda. Não sabemos se esta foi transformada em capital para aplicação nas obras, ou se terá permanecido no rol das courelas que iam recebendo. Sabemos que estas duas atitudes se concretizavam. Nunca esta Casa foi propriamente uma Instituição rica. Os seus rendimentos provinham de arrendamentos das poucas propriedades que possuía, como bens de raiz, acrescidos de muitos foros em cereais, das inúmeras propriedades foreiras. Muito destes foros subsistiram até ao "25 de Abril", mas as propriedades de raiz já tinham desaparecido na segunda metade do Séc.XIX, cremos que por imposição das Leis de Desamortização, promulgadas pelos governos liberais.


Bandeira da Instituição até ao segundo quartel do sec.XIX


Obras de Misericórdia

Ainda a sede não estava concluída, mas já a Irmandade se debruçava sobre esses assuntos: distribuía esmolas em dinheiro, géneros ou roupas, pelos necessitados; assistia os penitentes e peregrinos que por aqui passavam; encarregava-se de transportar os doentes pobres aos hospitais dos concelhos limítrofes, uma vez que não possuíamos tal equipamento; visitavam-se e alimentavam-se os presos sem familiares; enterravam-se os defuntos, com as adequadas cerimónias e acompanhamento da Bandeira; celebravam-se Missas e Ofícios pelas almas dos benfeitores falecidos, assim como por ocasião das festividades do calendário religioso. Enfim, fazia-se o que era humanamente possível para acudir aos necessitados de ajuda ou consolo, como por exemplo ajudar a criar órfãos, os enjeitados, etc..
A assistência hospitalar, no verdadeiro sentido, só teve início nos finais do Séc.XVIII, altura em que se construiu um novo corpo, no pátio da Igreja, ficando esta mais harmónica, em termos estruturais arquitectónicos. E a partir deste momento, a acção da Misericórdia, já empobrecida pela perda de propriedades, (embora esta tivesse sido compensada com subsídios estatais, mas rapidamente reduzidos, quer pela Coroa, quer pelos seus valores sujeitos a depreciação resultante da inflação), foi sempre difícil. Este hospital foi aumentado com mais um piso superior no decorrer deste sec.XIX.

Irmandade

O Nascimento da Irmandade

O nascimento da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Montargil está datada de 17/01/1577, mas é lógico supor que já existisse desde 1575 segundo apontamentos existentes na mesma.

Composição da Irmandade

Neste momento a Irmandade é constituída por 357 Irmãos não sendo o seu número limitado.

Quem poderá ser Irmão da Instituição

Podem ser Irmãos da Instituição todas as pessoas que :
- Sejam de maioridade ;
- Sejam naturais, residentes ou ligados por laços de afectividade ao concelho da sede da Irmandade;
- Gozem de boa reputação moral e social;
- Aceitem os princípios da doutrina e da moral cristãs que informam a Instituição e que, consequentemente, não hostilizem, por qualquer meio, designadamente, pela sua conduta social, ou pela sua actividade pública, a religião católica e os seus fundamentos.
- Se comprometam ao pagamento de uma quota anual.

Como se processa a Admissão

A Admissão dos irmãos é feita mediante proposta assinada por dois irmãos e pelo próprio candidato, em que o mesmo se identifique e se obrigue a cumprir as obrigações de irmão e indique o montante da quota que subscreve.
Esta proposta é submetida à apreciação da Mesa Administrativa na sua primeira reunião ordinária posterior à apresentação na Secretaria.
Só se consideram admitidos os propostos que tiverem reunido, em escrutínio secreto a unanimidade dos votos dos membros da Mesa Administrativa que estiverem presentes na respectiva votação, considerando-se equivalentes a rejeições as abstenções os votos nulos e em branco.

Direitos dos Irmãos

- Assistir, participar e votar nas reuniões da Assembleia Geral.
- Ser eleito para os Corpos Gerentes.
- A requerer a convocação Extraordinária da Assembleia Geral, da Mesa Administrativa e do Definitório, ou Conselho Fiscal, devendo o pedido ser apresentado por escrito, com a indicação do assunto a tratar, e assinado, no primeiro caso.
- A visitar gratuitamente, as obras e Serviços Sociais da Instituição e a utilizá-los, com a observância dos respectivos regulamentos;
- A receber gratuitamente um exemplar do Compromisso da Instituição;
- A ser sufragado, após a morte, com os actos religiosos previstos no compromisso;
- A serem acompanhados pela bandeira da Instituição.
- Os irmãos não podem votar nas deliberações da Assembleia Geral em que forem directa ou pessoalmente interessados.

Obrigações dos Irmãos

- Pagamento das respectivas Quotas;
- Desempenhar com zelo e dedicação os lugares dos corpos gerentes para os quais tiverem sido eleitos, salvo se for deferido o pedido de escusa que, por motivo justificado apresentarem, ou se tiverem desempenhado algum desses cargos no triénio anterior;
- A comparecer, nos actos oficiais e nas solenidades religiosas e públicas para as quais a Irmandade tenha sido convocada, devendo em tais casos, e sempre que isso for possível, usar os trajes habituais e distintivos próprios da Irmandade , conforme lhes for determinado;
- A participar nos funerais dos irmãos falecidos, sempre que tais funerais se realizem na localidade onde se situa a sede da Instituição;
- A colaborar no progresso e desenvolvimento da Instituição de modo a prestigiá-la e a torná-la cada vez mais respeitada, eficiente e útil perante a comunidade em que está inscrita;
- A defender e proteger a Irmandade, em todas as eventualidades.

Serão Excluídos da Irmandade os Irmãos:

- Que solicitarem a sua exoneração;
- Que deixarem de satisfazer as suas quotas por tempo superior a um ano e que, depois de notificados, não cumpram esta obrigação, ou não justifiquem a sua atitude no prazo de 180 dias;
- Que não prestem contas dos valores que lhes tenham sido confiados;
- Que, sem motivo justificativo, se recusarem a servir os lugares dos corpos gerentes para que tiverem sido eleitos;
- Que perderam a boa reputação moral e social e os que, voluntariamente, causarem danos à Instituição;
- Que tomem atitudes hostis à religião católica.

A aplicação da pena de exclusão é da competência da Mesa Administrativa, com possibilidades de recurso para a Assembleia Geral.

Psicologia Clínica

O Arranque

Esta valencia foi inaugurada em 19/03/95, incluida na Festa/Celebração do Patrono do Lar de S. José, à qual presidiu o Sr.Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Sôr, entre outras individualidades.

O Porquê
Este serviço foi criado também com a intensão de alargar o número de serviços de saúde a proporcionar á nossa freguesia. Este serviço de Psicologia Clínica foi inicialmente da responsabilidade da Exmª Sr. Drª Isabel Soares, sendo que o mesmo a partir de Janeiro de 2007, passou a ter a responsabilidade da Exmª Sr. Drª Helena Mendes.
Acordos
Desde o seu arranque que esta Instituição comunicou ás entidades responsáveis na zona que pretendia efectuar acordos de cooperação mas, até á presente data não obtivemos resposta positiva.

Área de Intervenção do Serviço
Serviço de Apoio e Intervenção na Primeira Infância (0 aos 6 anos)
Serviço de Apoio e Intervenção nas Crianças em Idade Escolar e a Adolescentes
Serviço de Apoio e Intervenção a Adultos e Idosos

Marcação de Consultas
As consultas são marcadas através do número geral da Instituição.

ECG


O Arranque


Esta valência foi inaugurada em 19/03/95, incluída na Festa/Celebração do Patrono do Lar de S. José á qual presidiu o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Sôr.


O Porquê


Esta valência foi criada com a finalidade de ajudar as pessoas que necessitam de efectuar ECG's simples não necessitando os utentes de se deslocar a Ponte de Sôr, localidade mais próxima onde se efectuam estes exames complementares.


Dias para efectuar os Exames


Estes exames são efectuados todos os Sábados por ordem de marcação a partir das 10 h.


Acordos

Apesar de, desde o seu inicio, a Instituição tentar obter acordo de cooperação para esta valência, até ao momento unicamente obteve resposta positiva dos CTT para os seus trabalhadores que, por usufruírem deste serviço nada pagam, pois o acordo permite que sejam os CTT a pagar directamente. Todas os outros utentes que necessitem de efectuar o respectivo exame, neste momento o seu custo é de 5 euros
Este serviço poderia estar mais enriquecido, através de consultas e exames cardiológicos mais sofisticados e complexos, com aparelhagem indispensável, mas, a Instituição (des)espera por uma resposta à já alguns anos do respectivo ministério da saúde para que se concretize um acordo de cooperação com o SNS, o que iria facilitar a utilização deste serviço pelos seus utentes, por preços acessíveis.

Aspecto de uma das Salas do Serviço de E.C.G.

Marcações


Os Exames poderão ser marcados pessoalmente ou através de telefone nas horas de expediente dos serviços administrativos.

Fisioterapia - Acordos

Entidades que têm acordos com a Instituição para a Prestação de Serviços .

ARS Portalegre

Os utentes que pertençam a este sistema de saúde e que queiram usufruir dos serviços terão que vir munidos de Credencial de Consulta de Fisíatria passada pelo seu médico de família. Posteriormente e no que diz respeito a pagamento pelo serviço efectuado temos que:
Utentes Isentos não pagam qualquer tipo de tratamentos deixando somente uma caução de 25 € que posteriormente e depois de os efectuarem , a levantarão. O mesmo se passa se não efectuarem os tratamentos num período de três meses.
Os Utentes não Isentos pagam as taxas moderadoras de acordo com a tabela em vigor do SNS.

ARS Évora
(Freguesias Contíguas á nossa)- Sistema igual ao da ARS Portalegre.

Companhia de Seguros Império
Os utentes desta Companhia não pagam qualquer tipo de consulta ou tratamentos desde que, para os mesmos, tenham a necessária autorização escrita, sendo que a facturação dos mesmos será enviada pelos nossos serviços directamente à companhia.

Companhia de Seguros Mapfre
Os utentes desta Companhia não pagam qualquer tipo de consulta ou tratamento desde que, para os mesmos, tenham a necessária autorização escrita sendo que a facturação dos mesmos será enviada pelos nossos serviços directamente à companhia.

ADME

Os Beneficiários deste Sistema de Saúde para usufruírem deste acordo terão que apresentar-se munidos do respectivo cartão, de validade comprovada e da respectiva receita médica, a qual deverá ser emitida em impressos hospitalares, clínicas, associações, centros de saúde do SNS e outras instituições de assistência desde que devidamente autenticadas com o carimbo, selo branco da Instituição ou etiqueta autocolante com código de barras que identifique o Centro. A tabela de preços acordada e em vigor é a seguinte:
Os Beneficiários deste Sistema de Saúde para usufruírem deste acordo terão que apresentar-se munidos do respectivo cartão, de validade comprovada e da respectiva receita médica. Os tratamentos e consultas efectuados aos beneficiários são comparticipados a 90% pela ADME, sendo que os restantes 10 % serão da responsabilidade do utente.

ADSE

Os Beneficiários deste Sistema de Saúde para usufruírem deste acordo terão que apresentar-se munidos do respectivo cartão, de validade comprovada e da respectiva receita médica original dos tratamentos a efectuar. Por cada tratamento efectuado os beneficiários têm que pagar uma taxa de 0,10 €. Em relação ás consultas, que são da inteira responsabilidade do médico, os beneficiários terão que lhe pagar uma taxa de 4 €.

ADMG

Os Beneficiários deste Sistema de Saúde para usufruírem deste acordo terão que apresentar-se munidos do respectivo cartão, de validade comprovada e da respectiva receita médica. Os tratamentos e consultas efectuados aos beneficiários são comparticipados a 90% pela ADMG, sendo que os restantes 10 % serão da responsabilidade do utente. A tabela praticada de referência será a da ARS.

Fisioterapia

O Arranque

Esta valência foi inaugurada em 19/03/95, incluída na Festa/Celebração do Patrono do Lar de S. José. Houve uma celebração da Eucaristia e, pelas 13,40 h desse mesmo dia ocorreu a Inauguração das Instalações referidas com a benção das mesmas pelo saudoso Capelão da Instituição da altura, P.António dos Santos Pereira, à qual presidiu o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Sôr.



Vista parcial da Fisioterapia e Ginásio


O Porquê

Este serviço foi criado para dar resposta não só às necessidades da Instituição, mas também dar resposta ás populações locais e circum-vizinhas. Este novo Investimento orçado em mais de 19 mil contos, investidos na sua totalidade pela Instituição, é composto por :
* UM GINÁSIO, equipado com barras, escadas de correcção, Gaiola de Rochet, bolas de bobath, mesa de quadricípedes, bicicleta, espaldar, aparelho de musculação, entre outros.
* HIDROTERAPIA, composto por tinas e banheira de hidromassagem.
Prevê-se dotar este serviço com uma Piscina de Tratamentos, a iniciar-se a sua construção em 2008.
* ELECTROTERAPIA, equipado com aparelhos de ultra-sons, ondas curtas, calor húmido, infravermelhos, ultra- violetas, entre outros.
A Drª Almerinda Martins e o Dr.Lopes Courinha, ambos Médicos Especialistas em Fisiatria, são os responsáveis por este serviço que conta ainda com uma técnica - Fisioterapeuta e algumas auxiliares. Usufruem diariamente dos serviços entre 70 a 80 utentes, e são consultados entre 100 a 120 utentes por mês.




Vista parcial de uma das zonas do Ginásio



Entidades que têm acordos com a Instituição para a Prestação de Serviços:

ARS Portalegre
ARS Évora
Companhia de Seguros Império
Companhia de Seguros Mapfre
ADME
ADSE
ADMG

Para além das Entidades com quem a Instituição mantém acordos, qualquer pessoa particularmente também poderá efectuar consulta e tratamentos para os quais existe uma tabela geral de comparticipação.



Marcação de Consultas


As consultas são marcadas nas horas de expediente dos serviços administrativos (9h-12.30h e das 14h-17,30h) pelo telefone geral da Instituição.


Está disponível a Extensão 217 para contacto directo com o serviço.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Ambulâncias

O Arranque e o Porquê

ANTES DE 1970

Ao longo de séculos, desde 1580, esta Misericórdia sempre se preocupou com os problemas referentes á saúde da população desta freguesia, ajudando-a por meio de prestação de cuidados médicos pontuais, pagos pela Instituição. Em 1974 esta Misericórdia fundou o seu próprio Hospital, onde passou a tratar dos doentes mais pobres. Aos doentes que necessitavam de tratamentos e cuidados médicos hospitalares, desde aquela primeira data até finais do século XIX, esta Instituição sempre os transportou aos hospitais mais próximos e também a outros bastante afastados. Podemos afirmar, pois, que esta Instituição tem direiro histórico no transporte dos doentes, pois exerceu esta actividade entre 1580 e 1900. Foram mais de 300 anos de actividade!

1970 E ANOS SEGUINTES

Em 1970, esta prática foi retomada. Adquiriu-se, por subscrição e ajudas variadas, uma primeira ambulância , uma Peugeot 404, que serviu como único recurso durante 10 anos.
O Parque de automacas cresceu, dado o volume da procura sempre crescente. Pugnou-se pela resposta pronta e eficiente às solicitações do Corpo Clínico do nosso Hospital, hoje transformado em Centro de Saúde com SAP.
Neste momento o parque de ambulâncias conta com 5 automacas de Transporte de Doentes tipo A1 e 3 Ambulâncias tipo A2, equipadas com todo o material necessário ao transporte de doentes, para o qual a Instituição possui o Alvará Nº108 de acordo com o Dec.Lei 38/92 de 28 de Março de 1992 autenticado pelo INEM.
Estão ao serviço, nesta valência 8 motoristas socorristas que fazem em média 120 a 140 transportes mensais repartidos por urgências, consultas e hemodialise.

Acordos

ARS-PORTALEGRE - A Instituição tem um acordo com esta Entidade para o transporte de doentes que se encontrem munidos de credencial justificativa passada pelos Serviços de Saúde.
COMPANHIA DE SEGUROS - Todas as companhias, desde que os utentes venham munidos de autorização escrita da mesma para efectuar o transporte.
Marcações/ Solicitações

Os utentes que pretendam usufruir deste serviço terão para além do número geral da Instituição 242 900040 o número abaixo indicado, durante 365 dias/ano e 24 horas por dia:
Extensão 215
Alternativa o 939608729.

Centro de Dia

O Arranque e o Porquê

Esta valência teve o seu arranque a par do Lar, ou seja em 1986. Foi criada com a intenção de dar apoio a alguns utentes que não pretendam estar em sua casa sozinhos e queiram vir durante o dia para as Instalações do Lar. De início era uma valência pouco procurada que tem vindo progressivamente a aumentar.

Acordos de Cooperação

Esta Instituição mantém acordo de cooperação para 15 utentes nesta valência. De início era uma valência pouco procurada que tem vindo progressivamente a aumentar.

Mensalidades

As mensalidades a atribuir a cada utente dependem do tipo de serviço solicitado, assim como da situação financeira do utente/agregado.

O Tipo de Serviço que se Presta

Os utentes deste Serviço que não se podem deslocar pelo seu próprio pé, são transportados pelas viaturas da Instituição logo pela manhã e depois do Jantar, de e para as suas residências, desfrutando, dentro do edifício do Lar, de todos os requintes que se proporcionam aos utentes internos.

Documentos necessários para efectuar uma ficha de inscrição

Para se efectuar uma ficha de inscrição é necessário dirigir-se aos serviços administrativos, em dias úteis, das 9.00-12.30 e das 14.00 ás 17.00h e apresentar os seguintes documentos:
a) Uma fotografia
b) Fotocópia do Bilhete de Identidade
c) Fotocópia do cartão de beneficiário
d) Fotocópia do cartão da segurança social
e) Fotocópia do cartão do serviço nacional de saúde
f) Fotocópia do cartão de contribuinte
g) Certificado médico de que o candidato não é portador de doença infecto-contagiosa ou mental impeditiva da normal vivência nas valências (Lar, Apoio Domiciliário e Centro de Dia).
h) Relatório médico relativo a quaisquer situações de dependência do candidato.
i) Documentação adequada e credível, designadamente de natureza fiscal, sobre a situação patrimonial, rendimentos e despesas mensais fixas do candidato e do seu agregado familiar.

Apoio Domiciliário

O Arranque

Esta valência de primordial importância para as gentes desta terra teve o seu inicio em 1 de Junho de 1988, sendo a Misericórdia de Montargil pioneira no nosso Distrito, com um acordo da Segurança Social para apoiar 10 utentes. Ao longo dos tempos foram-se sucedendo alteração ao número de utentes em acordo e actualmente possuímos um acordo da segurança social para apoiar 53 utentes tendo em média nos últimos meses mais utentes que os que a segurança social apoia.

O Porquê

Em 1988 quando foi criada esta valência, a Instituição, como pioneira que foi, tinha um certo receio de não ser capaz de a manter, pois teria que preparar pessoas, criar meios e mantê-los operacionais. No entanto, e depois de verificar que seria um projecto de futuro, pois iria proporcionar o apoio aos utentes sem que para tal os mesmos necessitassem de sair do seu habitat natural, arrancou com a mesma, verificando-se nos dias de hoje que foi uma aposta ganha.

Acordos


Como Já foi referido esta Valência é apoiada pelo Estado através do Centro Regional de Segurança Social, que mantém acordos de cooperação com a Instituição. Neste momento o Estado apoia até 59 utentes. A Instituição possui utentes para além deste acordo que apesar de não estarem a ser apoiados pelo Estado através do subsídio mensal, não deixam de ter o Apoio normal da Instituição.



Novo edifício do Apoio Domiciliário
A partir de Março de 2004, foi inaugurado um novo edifício, que visa a separação de serviços do Lar de S. José. Obra de grande importância para dotar a valência de uma maior operacionalidade e condições, tanto para os funcionários como para os utentes.

Mensalidades

As mensalidades a atribuir a cada utente dependem do tipo de serviço solicitado, assim como da situação financeira do utente/agregado.

O Tipo de Serviço que se Presta

Neste momento o serviço é composto por 2 Ajudantes Familiares Domiciliárias, 8 Ajudantes de Lar e C. Dia e 2 Cozinheiras.
O serviço normal que se presta aos utentes é composto por :
- Higiene Pessoal
Trata-se da higiene dos utentes no seu próprio domicilio ou, em alternativa, na sede da Instituição para aqueles que o pretenderem ou não tiverem Instalações adequadas.
- Higiene da Habitação
Trata-se da limpeza das Instalações mais utilizadas (Cozinha, WC e Quarto)
- Alimentação
Trata-se da alimentação dos utentes (Pequeno Almoço, Almoço, Lanche e Jantar) durante os 365/6 dias do Ano.
- Outros Serviços
A instituição presta também cuidados de saúde aos seus utentes pois possui um médico para efectuar consultas semanais e um grupo de enfermagem a dar apoio todos os dias.
Possuímos quatro viaturas para prestar este apoio aos utentes residentes na área da Vila de Montargil e arredores, todos os dias do ano.
Documentos necessários para efectuar uma ficha de inscrição

Para se efectuar uma ficha de inscrição é necessário dirigir-se aos serviços administrativos, em dias úteis, das 9.00-12.30 e das 14.00 ás 17.00h e apresentar os seguintes documentos:
a) Uma fotografia
b) Fotocópia do Bilhete de Identidade
c) Fotocópia do cartão de beneficiário
d) Fotocópia do cartão da segurança social
e) Fotocópia do cartão do serviço nacional de saúde
f) Fotocópia do cartão de contribuinte
g) Certificado médico de que o candidato não é portador de doença infecto-contagiosa ou mental impeditiva da normal vivência nas valências (Lar, Apoio Domiciliário e Centro de Dia).
h) Relatório médico relativo a quaisquer situações de dependência do candidato.
i) Documentação adequada e credível, designadamente de natureza fiscal, sobre a situação patrimonial, rendimentos e despesas mensais fixas do candidato e do seu agregado familiar.

Lar de S. José

O Arranque

OS PRIMEIROS PASSOS

Esta Obra, inicialmente projectada para ser um Centro de Dia, transformou-se num Lar, aquando duma visita efectuada á nossa Instituição pelo Governador Civil de Portalegre da altura, que conversando sobre os pormenores do referido Centro de Dia com o Sr. Provedor juntamente com o Sr. Ministro Morais Leitão ,o questionou se realmente era um Centro de Dia que ele ambicionava para a terra ao qual o Sr. Provedor respondeu que o sonho dele era efectuar um Lar para os Idosos da nossa terra. A partir dessa altura começou-se um processo onde muitas pessoas se envolveram e deram muito de si para que esta mesma obra se pudesse erguer entre as quais o nosso saudoso Arquitecto Paiva Lopes e sua filha Gabriela.




Aspecto exterior do Lar de S. José.

A Obra foi efectuada por administração directa que teve um custo para o Estado na ordem dos 55 mil contos.
Inaugurado que foi pelo Primeiro Ministro da altura, Prof. Cavaco Silva, em 29 de Setembro de 1986, deu-se início à maior Valência desta Instituição que entrou em funcionamento em 1 de Outubro de 1986. Obra de grande importância para esta freguesia pois veio proporcionar aos mais idosos algum bem estar nos últimos anos das suas vidas.

O Porquê

Esta valência foi um sonho tornado realidade com o esforço de muitas pessoas e uma vitória para os órgãos sociais da Instituição que tanto fizeram para que a mesma se implantasse na terra. Foi criada com a finalidade de, numa primeira fase, dar apoio a todos os utentes da nossa terra ,que dele necessitavam, proporcionando aos mesmos o bem estar e o carinho para os últimos anos das suas vidas, numa região como a nossa, que se situa num dos distritos mais envelhecidos do nosso País.



Convívio entre utentes ao ar livre



Acordos de Cooperação

Esta Instituição mantém acordos de cooperação com o Instituto de Solidariedade e Segurança Social para apoiar 95 utentes nesta valência. Neste momento é a valência mais utilizada/solicitada na Instituição tendo neste momento em média 111 utentes e uma lista de espera bastante longa .



Capela do Lar de S. José

Mensalidades

As mensalidades a atribuir a cada utente dependem do tipo de serviço solicitado, assim como da situação financeira do utente/agregado.


O Tipo de Serviço que se presta

Neste momento o Serviço é composto por 45 Ajudantes de Lar e C. de Dia adstritas á valência, sendo que mais 14 funcionários prestam ainda serviço nesta e noutras valências. Dentro do Pessoal Técnico, estão ao serviço da Instituição a tempo inteiro, uma Animadora e uma Técnica Superior de Serviço Social, estando em regime de prestação de serviços três Enfermeiros, um Médico Clínica Geral, uma Professora/Animadora, uma Dietista e uma Psicóloga .
Este quadro de Profissionais permite à instituição prestar cuidados de saúde aos seus utentes pois possui um médico para efectuar consultas semanais, tanto aos utentes como, gratuitamente, aos funcionários, e um grupo de enfermagem a dar apoio todos os dias.
Além dos serviços de saúde que se presta, os idosos da nossa Instituição têm também algumas actividades culturais durante o ano, a cargo da professora animadora, coadjuvada por algumas funcionárias, das quais destacamos a Festa do Padroeiro do Lar (dia de S. José); Carnaval, Festa dos Santos Populares com a organização das Marchas Populares em conjunto com os mais pequeninos do nosso Jardim Infantil; Festa dos aniversários dos utentes/mensais; Festa de Natal...etc.

Documentos necessários para efectuar uma ficha de inscrição

Para se efectuar uma ficha de inscrição é necessário dirigir-se aos serviços administrativos, em dias úteis, das 9.00-12.30 e das 14.00 ás 17.00h e apresentar os seguintes documentos:
a) Uma fotografia
b) Fotocópia do Bilhete de Identidade
c) Fotocópia do cartão de beneficiário
d) Fotocópia do cartão da segurança social
e) Fotocópia do cartão do serviço nacional de saúde
f) Fotocópia do cartão de contribuinte
g) Certificado médico de que o candidato não é portador de doença infecto-contagiosa ou mental impeditiva da normal vivência nas valências (Lar, Apoio Domiciliário e Centro de Dia).
h) Relatório médico relativo a quaisquer situações de dependência do candidato.
i) Documentação adequada e credível, designadamente de natureza fiscal, sobre a situação patrimonial, rendimentos e despesas mensais fixas do candidato e do seu agregado familiar.

CRECHE- JARDIM E CATL

O Arranque

As valências da Infância criadas nos anos 80 foram os primeiros caminhos percorridos pela Instituição na vertente da Solidariedade Social. Conseguiu-se que o Governo da altura, também ele disposto a direccionar parte do seu potencial para os assuntos sociais, implantasse um edifício pré-fabricado ligeiro num terreno que antecipadamente conseguimos obter de um Montargilense de bom coração, concretamente o Dr. Prates Miguel. Estas novas valências (Creche/Jardim e ATL), iniciaram actividade em 15 de Julho de 1981, muito timidamente, com pouquinhas crianças! Felizmente, aos poucos, as frequências foram aumentando, assim como o número do pessoal docente e não docente. Pelos preços baixos praticados, muito favoráveis ás famílias, este sector é algo penalizante para a Instituição.


1º Edifício em Pré Fabricado, já entretando demolido/substituído.


O Porquê

Estas valências foram criadas para atender as necessidades existentes na nossa terra em "tomar conta" das crianças para que os pais das mesmas tivessem disponibilidade para trabalhar, não descurando nas mesmas a sua formação sócio - educativa.

Acordos de Cooperação

Esta Instituição mantém acordo de cooperação com o Instituto de Solidariedade e Segurança Social para as valências Creche e ATL, sendo que o acordo da valência Jardim (Pré-Escolar) é tripartido (ISSS/Misericórdia/Ministério Educação)
São Apoiadas assim nas três valências os seguintes utentes :
Creche - 25 utentes
Jardim (Pré-Escolar) - 40 utentes
CATL - 20 utentes

Condições de Admissão

Os utentes destas valências no acto da Inscrição terão que apresentar os seguintes elementos:
- Boletim de Matrícula;
- Cédula Pessoal da criança;
- 2 fotos tipo passe (crianças c/mais de 12 meses);
- Fotocópia do cartão de beneficiário;
- Boletim individual de saúde;
- Declaração Médica comprovativa de que o candidato a utente não é portador de qualquer doença infecto- contagiosa;
- Relatório Médico relativo a quaisquer situações de dependência do candidato;
- Fotocópia do B.I. e do cartão Beneficiário dos Pais da Criança ou de quem se apresente como Encarregado de Educação;
- Fotocópia da declaração de IRS dos Pais;
- Fotocópia do recibo da renda da casa;
- Documento judicial comprovativo no caso dos pais estarem separados e alguns dos cônjuges, ou outro familiar da criança, estiver judicialmente impedido de estabelecer contacto pessoal com a mesma;
- Em caso de existirem problemas familiares de convívio dentro do horário de funcionamento das actividades escolares, o utente terá que permanecer em casa se não resolver o problema em tribunal ou outro local próprio, apresentando como comprovativo, um documento de tutela;
- A falta dos documentos referidos nas alíneas anteriores, confere o direito à Instituição de permitir que qualquer familiar, contacte com a criança;
- Pagar no início de cada ano uma matrícula no valor de 17 € .


Edifício em Alvenaria inaugurado em 06/09/2008.



Mensalidades

- As mensalidades serão pagas até ao dia 10 de cada mês, de Segunda a Sexta Feira, das 15,30h até às 16,30h.
- O não cumprimento do prazo de pagamento dará lugar a uma penalização de 10% que passará a 20% se o pagamento só se efectuar no mês seguinte.
- Os casos especiais serão resolvidos por deliberação da Mesa Administrativa.

Escalões de Rendimento Per Capita


Escalões de Rendimento -- CRECHE - JARDIM - CATL
1º- Até 426 € ------------82,0€ ----- 80,0€ ---85,0 €
2º- Até 476 € ------------87,0€ ----- 85,0 € ---90,0 €
3º- Até 526 € ------------92,0€ ----- 90,0 € ---95,0 €
4º- Mais de 526 € --------97,0€ ----- 95,0 € ---100,0 €
Matrícula Anual: 20,0 €

Nota: Além da existência destes escalões a Instituição, quando há indícios de que os mesmos não correspondem à realidade, poderá enquadrar o pagamento naquele que achar ser o mais justo e adequado à situação.

Redução nas Mensalidades

Haverá direito a redução de mensalidade nos seguintes casos:

- Quando se verifique a frequência na Instituição de mais de uma criança do mesmo agregado familiar (10%).
- Quando se trate de uma criança monoparental será ainda aplicável uma redução de 20%, desde que o rendimento seja inferior ao 1º Escalão.
- Quando a criança não tomar as refeições na Instituição terá uma redução de 12,50 euros.
- Quando a criança frequentar somente 15 dias seguidos, com aviso prévio à Instituição, terá uma redução de 50%.
- Se a criança faltar, por motivo de doença justificada e comunicada, terá redução correspondente ao numero de dias em falta não podendo no entanto, ser inferior a 25%, que lhe permitirá assegurar o lugar.
- Se ao longo do mês tiver uma frequência até 8 dias, pagará 50%, a partir dessa data pagará a totalidade.


Vista parcial das salas de ATL



O Tipo de Serviço que se Presta

O tipo de serviço que se presta nestas valências é composto por:
- Transportar as crianças de e para o Jardim Infantil.
- Transportar as crianças de e para a Escola.
- Promover os esforços necessários ao bom desenvolvimento intelectual, emocional, físico e social das crianças.
- Alimentação
- Apoio Psicológico (quando necessário)

Horários

O horário de entrada na Instituição está compreendido entre as 07 h e as 10,00 h e o horário da saída entre as 17,00 h e as 19,00 h de segunda a sexta - feira.

Material Didáctico e Brinquedos

A Instituição fornecerá todo o material didáctico e brinquedos necessários às actividades das crianças, contudo, é aconselhável, no período de adaptação, que as crianças tragam um brinquedo seu para a escola.

Contacto com os Pais

Consideram-se muito importantes os contactos entre os pais e o Jardim de Infância e sendo assim, para além dos contactos diários entre os mesmos, poderão os pais das crianças ser atendidos pela responsável do estabelecimento bem como pela Assistente Social, com aviso prévio em conformidade com o assunto que desejem ver abordado,, assim como poderão os mesmos ser convocados a estar presentes no Jardim Infantil, pelos técnicos atrás referidos, para tratar de assuntos relacionados com os seus educandos. Anualmente deverão fazer-se duas reuniões de pais, uma no início do ano lectivo e outra no final.


Horário de atendimento aos Pais- Ano lectivo 2008-2009

Sala dos Bébés e sala dos 2 anos- 1ª Segunda feira do mês, das 10 às 11 horas- Ed. Maria de Deus
Sala dos 3 anos- 1ª Terça feira do mês, das 10 às 11 horas- Ed. Fernanda Papeira
Sala dos 4/5 anos- 1ª Quarta feira do mês, das 10 às 11 horas- Ed. Ana Manso
Sala de CATL- 1ª Quinta feira do mês, das 15 às 16 horas- Animadora Alexandra Costa

Contacto com a Instituição

Extensão 210
Alem dos números normais da instituição poderá também ser contactada através do seguinte número:
Directo - 242 900046

Triénio 2009-2011

Assembleia-geral

Presidente
António Maria Teles
1.ª Secretária
Etelvina Maria Pereira Alves Libério
2.º Secretário
José Alberto Prates Cardoso

Mesa Administrativa

Provedora
Maria José Freitas Nogueira França Ferreira
Vice-Provedor
Alexandre Francisco Moura
Tesoureira
Maria Rosa Ferreira Marques
Secretária
Maria Carla Jordão de Macedo Fouto
Vogais
Joaquim Francisco Teles
António Godinho Arsénio
Joaquim Jorge Alfaro Lopes

Conselho Fiscal

Presidente
Carlos Manuel de Oliveira Machoqueira
1º Secretária
Almerinda Martins Ezequiel Mendes
2º Secretário
Manuel do Rosário Alves Marques

A Nossa Missão

Pela pobreza da região onde estamos inseridos, pela pobreza das gentes que por aqui habitam, pela incompleta resposta dos Serviços de Saúde, pela falta de empregadores na região, esta Instituição tem um papel preponderante no auxilio ao próximo e ao mesmo tempo no desenvolvimento da própria região.

No auxilio ao próximo e complementando os serviços de saúde, dispomos de várias valências nas diversas vertentes:

- Infância: Creche, Jardim de Infância e ATL

- 3ª Idade: Lar, Apoio Domiciliário, Centro de Dia

- Saúde: Ambulâncias de Transporte, Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Serviço de E.C.G., Psicologia Clínica e temos já preparada uma unidade de Cardiologia que aguarda pelo estabelecimento de um Protocolo de Acordo com o S.N.S..

A Instituição é simultâneamente a maior empregadora na localidade e uma das maiores do Concelho.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Onde Estamos Inseridos

Montargil é uma vila rural, situada no Ribatejo, extrema com o Alto Alentejo, localizada no Concelho de Ponte de Sôr, Distrito de Portalegre.

Tem cerca de 4.000 habitantes.

Igreja Matriz da Vila de Montargil

A agricultura e flora são as principais actividades destas gentes; também o turismo tem um papel fundamental na economia desta localidade, devido a um extenso lago, de margens de areia, que convida ao lazer e a actividades náuticas.

Vista da Tomada de Água da Barragem de Montargil

Guarita - Local mais alto da Vila de Montargil

Quem Somos



A Santa Casa da Misericórdia de Montargil é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, fundada em 1575.

É membro fundador da União das Misericórdias Portuguesas.

Teve os seus Estatutos aprovados e publicados no D.R.II Série em 20/05/83.




Sede: Rua Manuel Falcão de Sousa
Apartado 38
7425- 130 MONTARGIL
Telefone: 242 900040, 904180
Fax 242 904450
E-Mail: SCMMontargil@gmail.com
Contribuinte nº 501057137